Bolsa rota (rompimento da bolsa das águas)
escrito por: Tricia em segunda-feira, dezembro 11, 2006 às 11:01 AM.
4 Comentários
Sobre bolsa rota e antibióticos - 10 de maio de 2006
por: Dra. Melania Amorim
Existem evidências de boa qualidade recomendando a profilaxia intra-parto para Streptococcus do grupo B em todos os casos de ruptura prematura das membranas durando mais de 18 horas (penicilina cristalina ou ampicilina, sendo a primeira preferível em termos de minimizar o impacto sobre a flora intestinal do recém-nascido) ou em casos de parto prematuro (abaixo de 37 semanas), exceto se a paciente tem cultura vaginal NEGATIVA recente para esse germe. Outras indicações seriam febre materna durante o trabalho de parto ou história de recém-nascido anterior afetado por Streptococcus grupo B. Não há evidências apoiando a administração rotineira de antibióticos com a finalidade de prevenir corioamnionite/endometrite a partir de 6 ou 12 horas de bolsa rota.
Limites arbitrários como 6, 12, 24 ou 72 horas foram propostos sem evidências convincentes de seu impacto sobre o prognóstico materno e perinatal. Um estudo não-randomizado publicado em 1995 incluiu 566 mulheres e evidenciou que aguardar 12 ou 72 horas eram opções comparáveis em termos de complicações infecciosas e prognóstico gestacional (Shalev et al, 1995).
O maior estudo conduzido sobre o tema foi o TERMPROM Study Group (1996), publicado no New England Journal of Medicine. Realizou-se um ensaio clínico randomizado incluindo 5041 mulheres com bolsa rota, comparando indução (com ocitocina ou prostaglandina) com expectação por até 4 dias. As taxas de infecção neonatal (em torno de 2 a 3%) e de cesariana (em torno de 10%) foram semelhantes nos dois grupos, porém infecção materna foi mais freqüente quando se adotou conduta expectante. A taxa de corioamnionite foi 4% no grupo que recebeu ocitocina e 8,6% no grupo em que se expectou até quatro dias. Existem outros estudos do mesmo grupo analisando grau de satisfação materna, impacto econômico e comparação de expectação em regime de
internamento versus domiciliar, posso disponibilizar para quem tiver interesse.
Interessante como poucos estudos estão disponíveis. O tempo "ideal" para se aguardar o início do trabalho de parto em casos de amniorrexe prematura a termo ainda permanece por ser estabelecido. Enquanto evidências de melhor qualidade não estão disponíveis, há que se considerar as características individuais e a vontade materna, depois do esclarecimento sobre possíveis riscos e benefícios pertinentes à indução versus expectação.
Amniorrexe prematura = ruptura da bolsa das águas (perda de líquido
amniótico) ANTES de se iniciar o trabalho de parto. Inclui todos os casos em que o trabalho de parto não se desencadeia nas primeiras duas horas depois da ruptura.
Amniorrexe precoce = ruptura da bolsa das águas no início ou até
duas horas antes do trabalho de parto.
Amniorrexe prematura A TERMO = a bolsa se rompe antes do início do trabalho de parto mas a gravidez já atingiu ou ultrapassa as 37 semanas de gravidez.
Amniorrexe prematura PRÉ-TERMO = a bolsa se rompe antes do início do trabalho de parto ANTES de 37 semanas de gravidez.
Corioamnionite = infecção da câmara âmnica, ou seja, das membranas e do líquido amniótico. Pode complicar os casos de bolsa rota prolongada e é mais freqüente quanto maior for o número de toques e maior o tempo entre o primeiro toque e o parto, donde o axioma que repito: SE TOQUE - NÃO TOQUE!
por: Dra. Melania Amorim
Existem evidências de boa qualidade recomendando a profilaxia intra-parto para Streptococcus do grupo B em todos os casos de ruptura prematura das membranas durando mais de 18 horas (penicilina cristalina ou ampicilina, sendo a primeira preferível em termos de minimizar o impacto sobre a flora intestinal do recém-nascido) ou em casos de parto prematuro (abaixo de 37 semanas), exceto se a paciente tem cultura vaginal NEGATIVA recente para esse germe. Outras indicações seriam febre materna durante o trabalho de parto ou história de recém-nascido anterior afetado por Streptococcus grupo B. Não há evidências apoiando a administração rotineira de antibióticos com a finalidade de prevenir corioamnionite/endometrite a partir de 6 ou 12 horas de bolsa rota.
Limites arbitrários como 6, 12, 24 ou 72 horas foram propostos sem evidências convincentes de seu impacto sobre o prognóstico materno e perinatal. Um estudo não-randomizado publicado em 1995 incluiu 566 mulheres e evidenciou que aguardar 12 ou 72 horas eram opções comparáveis em termos de complicações infecciosas e prognóstico gestacional (Shalev et al, 1995).
O maior estudo conduzido sobre o tema foi o TERMPROM Study Group (1996), publicado no New England Journal of Medicine. Realizou-se um ensaio clínico randomizado incluindo 5041 mulheres com bolsa rota, comparando indução (com ocitocina ou prostaglandina) com expectação por até 4 dias. As taxas de infecção neonatal (em torno de 2 a 3%) e de cesariana (em torno de 10%) foram semelhantes nos dois grupos, porém infecção materna foi mais freqüente quando se adotou conduta expectante. A taxa de corioamnionite foi 4% no grupo que recebeu ocitocina e 8,6% no grupo em que se expectou até quatro dias. Existem outros estudos do mesmo grupo analisando grau de satisfação materna, impacto econômico e comparação de expectação em regime de
internamento versus domiciliar, posso disponibilizar para quem tiver interesse.
Interessante como poucos estudos estão disponíveis. O tempo "ideal" para se aguardar o início do trabalho de parto em casos de amniorrexe prematura a termo ainda permanece por ser estabelecido. Enquanto evidências de melhor qualidade não estão disponíveis, há que se considerar as características individuais e a vontade materna, depois do esclarecimento sobre possíveis riscos e benefícios pertinentes à indução versus expectação.
Amniorrexe prematura = ruptura da bolsa das águas (perda de líquido
amniótico) ANTES de se iniciar o trabalho de parto. Inclui todos os casos em que o trabalho de parto não se desencadeia nas primeiras duas horas depois da ruptura.
Amniorrexe precoce = ruptura da bolsa das águas no início ou até
duas horas antes do trabalho de parto.
Amniorrexe prematura A TERMO = a bolsa se rompe antes do início do trabalho de parto mas a gravidez já atingiu ou ultrapassa as 37 semanas de gravidez.
Amniorrexe prematura PRÉ-TERMO = a bolsa se rompe antes do início do trabalho de parto ANTES de 37 semanas de gravidez.
Corioamnionite = infecção da câmara âmnica, ou seja, das membranas e do líquido amniótico. Pode complicar os casos de bolsa rota prolongada e é mais freqüente quanto maior for o número de toques e maior o tempo entre o primeiro toque e o parto, donde o axioma que repito: SE TOQUE - NÃO TOQUE!
Marcadores: bolsa rota, complicações, parto
Oi!
A bolsa da minha esposa acabou de espocar :)
Seu artigo foi de grande valia, muito obrigado :)
Oi, nossa bolsa espocou hoje lá pelas 10h da manhã. Até agora, não começou o trabalho de parto, apenas leves contrações e cólicas. Não saiu todo líquido de uma vez só, até agora tá saindo (não dá pra ir muito longe de casa!). Nosso nenê está se mexendo, com menos intensidade mas a mesma frequencia de antes. Resolvemos não ir pro hospital ainda, pois com certeza já teríamos ido pra indução. Ah, a gestação já está com 40 semanas e 4 dias.
Oi!
Meu segundo parto tive bolsa rota, + graças a Deus ocorreu tudo bem e o meu bebê está lindo.
obrigada pelo esclarecimento agora eu sei o que havia ocorrido comigo, e com a benção de Deus Ele permitiu que desse td certo...
Olá agradável este site parece muito estruturado.........boa:)
Amei Continua deste modo !!