Cesariana aumenta risco de problemas de saúde para o bebê


escrito por: Tricia em terça-feira, janeiro 29, 2008 às 3:55 PM.

Conclusão é de estudo norueguês que monitorou 18 mil recém-nascidos.
Brasil é um dos campeões das cirurgias cesarianas desnecessárias.

Por: Luis Fernando Correia

O Brasil é um dos campeões em cesarianas desnecessárias, segundo a Organização Mundial da Saúde. Os bebês nascidos através de cesarianas precisam ser levados às unidades de terapia intensiva duas vezes mais freqüentemente do que os que nasceram de parto normal. Os bebês de cesarianas apresentam também duas vezes mais problemas respiratórios do que os de parto natural.

Esses foram os dados encontrados por uma pesquisa norueguesa, publicada na revista "Journal of Obstetrics and Gynecology". O trabalho acompanhou mais de 18 mil nascimentos, em um período de seis meses, em 24 unidades de saúde daquele país.

Segundo a OMS, um índice aceitável de cesarianas estaria entre 10% a 15% dos nascimentos. Em nosso país, segundo dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar, 79% dos partos na medicina privada são cesarianas. No serviço público esse número é de 27%, ainda assim bem acima do ideal preconizado.

Segundo o Ministério da Saúde, de janeiro a outubro de 2007, o Sistema Único de Saúde registrou 559.501 cesarianas, com 40% ocorrendo na região Sudeste. No mesmo período foram 1.212.186 partos normais, o que significa que a taxa de cesarianas no serviço público brasileiro é de 46%, três vezes a ideal.

As cesarianas são procedimentos cirúrgicos que não são isentos de riscos e, como toda decisão médica, deveriam ser baseadas em critérios técnicos e nunca por comodidade, principal causa do excesso de cirurgias.

Outro aspecto que leva ao aumento de procura pela cesariana, especialmente nas classes mais abastadas, é idéia de se poder programar o nascimento dos filhos de acordo com critérios esotéricos, como a hora exata do nascimento.

A natureza não costuma gostar de ser enganada, mesmo com as melhores intenções do mundo.

Fonte: G1

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Leite materno: arma contra alergia


escrito por: Tricia em às 3:53 PM.

Leite materno: arma contra alergia
28 de Janeiro de 2008

Um estudo francês divulgado nesta segunda-feira sugere que o leite materno pode ser essencial para evitar que os recém-nascidos desenvolvam alergias ao crescer. A partir de experimentos feitos em ratos de laboratório, cientistas do Instituto Nacional de Saúde e Pesquisa Médica da França (Inserm, na sigla em francês) descobriram que o leite materno funciona como um veículo de substâncias alergênicas (que provocam alergia), passadas das mães para os filhos na amamentação. Essa "transmissão" pode significar para os bebês uma vida livre de alergias no futuro.

Para entender a experiência, podemos pegar o exemplo da asma, doença alérgica que afeta mais de 300 milhões de pessoas no mundo hoje. Na raiz, a asma é uma reação do sistema imunológico do corpo – responsável por combater os elementos invasores, como vírus e bactérias – à entrada de uma substância comum: a poeira, por exemplo. Ao reconhecer a poeira como elemento "estrangeiro", o corpo tenta expulsá-la, por meio de tosses e do estreitamento das vias respiratórias.

Para muitas pessoas, a doença representa uma vida inteira de remédios, seja para amenizar a reação imunológica, seja para alargar as vias respiratórias e acabar com a falta de ar. De acordo com os pesquisadores franceses, no entanto, boa parte dos casos poderiam ser evitados caso as vítimas tivessem sido alimentadas com leite materno por mais tempo.

Tolerância – Para chegarem a esta conclusão, os cientistas fizeram as mães de ratos recém-nascidos aspirarem uma proteína contida na clara do ovo, considerada uma substância alergênica, sem que os filhotes fossem expostos a ela. Depois da amamentação, testes nas ninhadas comprovaram que a substância havia sido passada para eles via leite materno. Dessa forma, argumentam os franceses, os ratinhos teriam se tornado tolerantes à substância – seus corpos não a estranhariam no futuro.

Segundo os cientistas, seu estudo pode estimular a realização de novas pesquisas no sentido de estabelecer as ligações entre a amamentação e a prevenção às alergias. Especialistas no assunto, porém, alertam que é preciso cautela, uma vez que o mecanismo observado nos ratos pode não se repetir em seres humanos.

Fonte: Veja

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'Epidemia' do parto cesáreo


escrito por: Tricia em às 7:25 AM.

Por Dra. Isabella V. de Oliveira*/Especial para BR Press

(BR Press) - Originalmente, o parto cesáreo (ou cesariana) foi criado para aliviar condições adversas maternas ou fetais, quando há riscos para a mãe, o bebê ou para ambos, no decorrer do parto. Quando bem indicada, como em casos de sofrimento fetal durante o trabalho de parto (que prejudica a oxigenação do bebê), ou quando ocorre um descolamento prematuro da placenta, a operação cesariana é uma tecnologia que salva vidas. No entanto, muitas cesarianas realizadas em todo o mundo são medicamente desnecessárias.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a taxa ideal de partos cesáreos deve ficar em torno de 7 a 10%, não ultrapassando 15%. Entretanto, nos últimos 37 anos testemunhamos uma "epidemia mundial" de cesarianas. Na Holanda, essa proporção é de 14%, nos Estados Unidos 26%, no México 34% e no Chile 40%. Isso ocorre em parte porque a cesariana passou a ser aceita culturalmente como um modo normal de dar à luz um bebê.

Riscos

As repercussões desse comportamento são bastante sérias e, segundo o Conselho Federal de Medicina (CFM), as cesáreas acarretam quatro vezes mais risco de infecção pós-parto, três vezes mais risco de mortalidade e morbidade materna, aumento dos riscos de prematuridade e mortalidade neonatal, recuperação mais difícil da mãe, maior período de separação entre mãe/bebê com retardo do início da amamentação e elevação de gastos para o sistema de saúde.

O Ministério da Saúde tem empenhado esforços na diminuição das taxas de cesarianas no Brasil há décadas. Em 1997, o CFM lançou a campanha Natural é o Parto Normal. Após essa campanha, o MS intensificou o Programa de Assistência à Saúde da Mulher, com medidas como aumento de recursos para os procedimentos de partos normais, incentivo à criação de serviços de alto risco com remuneração diferenciada, pagamento de analgesia nos partos normais, entre outras.

Apesar de todas as medidas adotadas para coibir as cesáreas desnecessárias, o número continua a subir, mostrando que outras estratégias se fazem necessárias. Um estudo encomendado pela OMS e publicado em 1999 no British Medical Journal, de autoria de José Belizan, demonstrou que, em 19 países da América Latina, mais de 850 mil cesarianas desnecessárias eram realizadas por ano.

O Brasil é um dos líderes mundiais em cesarianas, com taxas, desde o início da década de 80, em torno de 30% (na saúde pública, houve crescimento das taxas de cesáreas, de 14,6% em 1970 para 31,0% em 1987, chegando a 27,5% em 2004). Na saúde privada (planos de saúde), segundo dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), as taxas estão em torno de 80% (2006).

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, anunciou recentemente que uma das principais metas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Saúde é reduzir, até 2011, a quantidade de operações cesarianas para 60% na rede particular e 25% nas maternidades públicas.

Conveniência

Vários estudos apontam que possíveis explicações para taxas tão altas estejam diretamente ligadas a fatores sócio-culturais, dentre elas: as conveniências de tempo e financeiras para o profissional médico, o modelo de organização da assistência obstétrica no país, a falta de leitos nos pré-partos dos hospitais, a cultura da "cesariana a pedido da mãe" e a possibilidade de realização concomitante de ligadura de trompas durante a cirurgia.

Muitas mulheres associam o parto vaginal à dor e desconhecem o fato de que é possível utilizar anestesia/analgesia durante o processo. Outro medo comum nas gestantes é o relacionado à elasticidade vaginal, que poderia ficar comprometida após o parto. Por isso, é preciso conscientizar as mulheres de que nascimentos por via vaginal e com períneo intacto são plenamente possíveis na maioria das vezes, não causando "frouxidão do períneo", nem problemas sexuais no futuro. A episiotomia (corte no períneo que ajuda o bebê a passar) pode ser feita, mas estudos baseados em evidências científicas mostram que nem sempre ela é necessária.

À exceção das situações em que existem indicações médicas precisas para cesariana, o correto é esperar o início do trabalho de parto e aguardar sua evolução. Se tudo correr bem, não há motivo para realizá-la. Programar o nascimento sem nem mesmo deixar a gestante entrar em trabalho de parto é transformar o parto normal, um ato fisiológico, num ato operatório – o parto cesáreo – e traz muitas desvantagens para a mulher e para o bebê.

Mulheres que dão à luz por meio de parto vaginal/normal têm recuperação mais rápida e maior facilidade no início da amamentação, pois estímulos hormonais naturalmente se encarregam de "fazer o leite descer". Estudos mostram que quando a gestante está bem informada sobre essas possibilidades, o parto tem maiores chances de ser mais saudável e ela pode expressar maior satisfação com a experiência.

(*) Isabella V. de Oliveira é graduada em medicina pela UFRJ, com título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia e MBA em Gestão Avançada de Sistemas de Saúde. É mestre em Ciências da Saúde pela UNB e atua no Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento Médico do Grupo Medial Saúde



Fonte: Yahoo

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Planos de saúde: saiba o que vai mudar


escrito por: Tricia em segunda-feira, janeiro 14, 2008 às 7:48 PM.

Cobertura obrigatória aumentará a partir de abril deste ano

A partir do dia 2 de abril, todos os planos de saúde contratados após 1º de janeiro de 1999 (26 milhões de contratos) deverão estar adaptados às novas normas que ampliam os procedimentos médicos oferecidos. A Resolução Normativa 167, com as alterações, foi publicada pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) quinta-feira no Diário Oficial da União.

Cerca de cem procedimentos foram incluídos. Com isso, a lista chegou a 2.973 itens. Quem tem plano anterior, mas adaptado, também deverá ser alcançado.

Entre serviços incluídos estão a cirurgia de catarata, procedimentos para anticoncepção como a colocação do DIU (dispositivo intra-uterino), a laqueadura de trompas e a vasectomia, desde que o paciente tenha dois filhos e mais de 25 anos.

Entre as novidades também estão a cobertura ambulatorial a atendimentos de terapia ocupacional, fonoaudiologia, nutrição e psicoterapia. Porém, o número autorizado de atendimento é reduzido. No caso das sessões de psicoterapia, por exemplo, são apenas 12 consultas por ano.

A nova cobertura também vai permitir mamografia digital para mulheres com menos de 50 anos. Visando a prática do parto humanizado será permitido o procedimento parto feito por enfermeira obstétrica, e garantida a presença de um acompanhante durante toda a estadia da gestante no hospital.

Segundo a ANS, no caso do DIU, os custos do próprio dispositivo, em seu modelo convencional (não-hormonal), também estão assegurados. Novas tecnologias em procedimentos cirúrgicos e em exames laboratoriais também estão nas novas regras. Incluem-se aí alguns testes genéticos de alto custo, para a detecção de doenças raras, e as videolaparoscopias (cirurgias por meio da introdução de uma pequena câmera).

De acordo com a ANS, outro novo procedimento com cobertura é a mamotomia, espécie de biópsia a vácuo guiada por raio X ou ultra-som, indicada para nódulos mamários menores que dois centímetros e com maiores suspeitas de malignidade.

Mensalidades devem subir

Arlindo de Almeida, presidente da Abramge (Associação Brasileira de Medicina de Grupo), que reúne as operadoras de planos de saúde, disse que as mensalidades podem aumentar de 8% a 10% este ano por causa da ampliação dos serviços determinada pela ANS.

“A maior preocupação é o custo para os planos de saúde e para os beneficiários. A introdução desses procedimentos vai gerar custos para as empresas. Isso pode causar desequilíbrio financeiro nas empresas e aumento das mensalidades dos planos de 8% a 10%, dificultando ainda mais a aquisição pelos brasileiros, que já enfrentam problemas para ter um plano”, disse.

Segundo ele, o percentual de aumento depende da operadora e do hospital ao qual ela é conveniada. O impacto deve ser repassado ao usuário em 2009.

Fonte: Bom Dia Sorocaba

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Parteira moderna humaniza nascimento


escrito por: Tricia em domingo, janeiro 13, 2008 às 3:30 PM.

*Fabiano Ormaneze / Agência Anhangüera*

O estetoscópio de Pinard - instrumento de madeira criado há mais de 130 anos
para ouvir o coração do bebê no ventre da mãe - resiste ao tempo na casa da
enfermeira Maria Clara Amaral. Mesmo já sem utilizá-lo, ele se tornou um
símbolo do conhecimento antigo, aprimorado com tempo e estudo, com o
objetivo de manter a força feminina. Com mais de 30 anos de profissão, o
trabalho dessa enfermeira é marcado pela luta por partos mais humanizados e
o retorno à época em que se nascia em casa, com a presença de uma parteira e
de algumas outras mulheres que já haviam passado pela experiência de parir.

Maria Clara é obstetriz, uma espécie de "parteira da atualidade". Com curso
superior em enfermagem e habilitação em obstetrícia, profissionais como ela
se dedicam à tarefa de afastar dos hospitais as mulheres em trabalho de
parto, oferecer conforto, amenizar a dor e possibilitar que a chegada de uma
nova vida ao mundo seja uma experiência da qual a mulher é a protagonista.
"Uma cesariana não tem a mesma força que arrepia a gente. É um ato em que a
mulher não sente, se torna passiva diante da ação de um médico. Gravidez não
é doença para ser assunto de hospital", defende. Mãe de dois filhos, Maria
Clara ajuda a promover uma experiência pela qual não pôde passar: suas
gestações foram de risco, motivo que a obrigou à cesárea.

Depois de uma carreira em que realizou uma série de partos domiciliares,
Maria Clara se dedica à formação de novos profissionais. Ela é professora no
curso de enfermagem na Faculdade de Ciências Médicas da Universidade
Estadual de Campinas
(Unicamp). Na
defesa do parto em casa, a obstetriz também ajuda a diminuir um dos índices
mais alarmantes da saúde no Brasil: a quantidade de cesáreas realizadas
todos os anos representa 90% do número total de partos feitos no País,
quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) indica como ideal entre 15% e
20%. Sem o interesse de substituir o médico e com a consciência de que, em
casos com complicações, a única saída é apelar para o bisturi, a obstetriz
acompanha os exames feitos pelos médicos e a gravidez desde o início. "A
verdadeira preparação para o parto deve mostrar à mulher que ela é capaz e
afastar dela o medo da dor e do sofrimento, causa de tanta gente não viver a
experiência de dar à luz naturalmente."

*Experiência*

A médica neonatologista Ana Paula Caldas Machado tem três filhos. Na
primeira gestação, há sete anos, ela tentou ter um parto natural num
hospital, mas teve complicações e foi preciso recorrer à cesárea. "Me senti
frustrada e resolvi pesquisar outras formas de entender o parto. De início,
achei que essa história de ter filhos em casa era maluquice, mas resolvi
tentar. Geralmente, os médicos têm pressa e induzem à cesárea, alegando
riscos e desculpas como pouco líquido, bacia pequena, falta de dilatação.
Hoje, sei que não existe mulher que não dilata, há falta de paciência",
enfatiza. Ao engravidar pela segunda vez, Ana Paula contratou uma obstetriz
de São Paulo, Vilma Nischi, para ser a responsável por ajudá-la a trazer ao
mundo a garotinha Lis, hoje com 3 anos.

"Quando submetida à cesárea, a mulher fica completamente dissociada do que
está acontecendo. Você não sente nada. No parto natural, principalmente se
for em casa, a mãe é a dona da situação. Quando ela consegue transpor o
limite da dor, se sente poderosa e realizada como mulher." Se estivesse num
hospital, Ana Paula tem a certeza de que os médicos teriam optado pela
cesariana. Foram quase 30 horas de trabalho de parto, sempre com Vilma ao
seu lado. Para amenizar a dor, entraram as estratégias das obstetrizes e das
doulas, acompanhantes das parturientes (palavra que substitui a tradicional
"paciente", usada por boa parte dos médicos).

"A mulher muda de posição, toma banhos, recebe massagens. Nossa função é
respeitar a intimidade e monitorar se ela ou o bebê correm algum risco e, se
for o caso, correr para o hospital", explica Vilma, que já realizou 128
partos domiciliares desde 2002, a maioria em mulheres com curso superior e
de classe média-alta. Paulistana, ela atua na Capital, em Campinas
e em
Sorocaba.O
custo desse tipo de parto fica em torno de R$ 3 mil, valor próximo ao
cobrado por médicos para uma cesárea, sem as despesas de hospital.

Há dois meses, quando Raul, seu terceiro filho, nasceu, Ana Paula repetiu a
experiência e estava com o bebê nos braços depois de três horas. "O
pós-operatório da cesárea também é muito pior. A mulher precisa cuidar da
cirurgia e do recém-nascido."

*Dor*

Na Holanda, campeã dos partos domiciliares, 35% dos bebês nascem em casa e a
taxa de cesárea é menor que 10%. Por lá, também proliferam os cursos de
preparação para o parto natural, que têm o objetivo de mostrar à mulher que
este é um processo mais doloroso, mas compensador. "Nos hospitais, a mãe não
está num lugar propício para um momento tão íntimo. Há uma profusão de
luzes, corre-corre, ela fica ao lado de outras mulheres que não conhece.
Médicos e enfermeiros a estimulam a fazer força, sem respeitar o tempo e o
desejo", ressalta Maria Clara, que também defende o uso mais racional da
anestesia peridural. "Mais do que tirar a dor, é uma forma de roubar da
mulher a experiência completa de virar mãe. Ela faz força simplesmente
porque lhe pedem, sem sentir nada."

Como mãe e médica, Ana Paula também ressalta que, para o bebê, há muito mais
vantagens num parto natural. "A passagem pela vagina faz com que o
recém-nascido se comprima e isso retira toda a secreção que existir no
pulmão. O risco de infecções também é mínimo. Na cesárea, além de não
escolher em que hora vai nascer, a criança tem 30 segundos para se adaptar
ao novo jeito de respirar fora do útero."

Antes de dar à luz em casa, Maria Clara explica que é necessário uma
avaliação das condições da mulher e do bebê. "Se a parturiente já tiver
feito duas cesáreas, o parto natural não é indicado, pois o útero está mais
frágil e pode romper com a força que ela fará. O tamanho do bebê e da bacia
da mãe também precisam ser verificados, assim como a possibilidade de um
encaminhamento imediato para um hospital no caso de complicações."

*Doula ajuda as mulheres a superarem dor e dúvida*

Uma mulher para servir. Esse é o significado original, no grego, para a
palavra doula, profissão da uruguaia Lucía Caldeyro, há 35 anos no Brasil.
Ela é como as antigas acompanhantes das mulheres que tinham os filhos em
casa no tempo das parteiras sem formação universitária. No vocabulário
dessas novas profissionais, servir é o mesmo que orientar o casal sobre o
que esperar do parto, ajudar a mulher a encontrar a melhor posição para dar
à luz e sugerir estratégias naturais, como banhos, massagens e relaxamentos
que aliviem a dor. A função surgiu nos Estados Unidos, depois de uma
pesquisa na década de 70 que provou que partos com acompanhantes eram mais
rápidos e fáceis.

Com 26 anos de profissão, Lucía começou como voluntária no Centro de Apoio à
Saúde Integral da Mulher (Caism), da Unicamp, num grupo de parto
alternativo. "O trabalho da doula começa junto com a gravidez. Mesmo depois
que o bebê nasce, ela visita a família, transmite informações sobre
amamentação e tira dúvidas da mãe, principalmente daquelas que têm o
primeiro filho."

Entre os instrumentos que ela leva aos partos que acompanha, estão bolas
utilizadas por fisioterapeutas e bambolês. "O parto é algo natural como a
digestão. Por isso, ninguém precisa ensiná-lo à mulher. Mas há fatores que
atrapalham. Nossa função é auxiliá-la a ter um parto tranqüilo e seguro." Na
América do Norte, já existem cerca de 12 mil doulas. No Brasil, não há
estimativas do número dessas profissionais.

Lucía teve quatro filhos, todos naturalmente. No último, ficou apenas 15
minutos com contrações. "Resolvi ser doula para ajudar mulheres a ter
experiências tão boas como as minhas, desde a primeira gestação." O alívio
da dor, conseguido por meio de mudança de posição, tem uma justificativa na
anatomia. Segundo a obstetriz Maria Clara Amaral, na posição ginecológica,
em que a maioria dos partos é feita, a mulher sente maior desconforto porque
uma veia chamada cava, localizada entre o útero e a coluna, é comprimida
pelo peso do bebê. "Além disso, a mulher se sente muito vulnerável nesse
posição. Ela deve escolher como quer ter o filho."

Fonte: Cosmo

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Decisão foi tomada em reunião da ANS com as empresas, no Rio. Operadoras de saúde não podem repassar os custos para as tarifas.

A partir do primeiro semestre de 2008, os beneficiários de planos de saúde terão direito a realizar procedimentos de laqueadura de trompas, vasectomia e colocação de DIU com a cobertura das operadoras. A data do início do serviço depende de uma resolução da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), a ser publicada até fevereiro.

Os serviços médicos foram incluídos no chamado rol de procedimentos médicos, lista que relaciona todos os procedimentos que as operadoras de saúde devem oferecer em seus planos básicos. A decisão foi tomada em reunião realizada na quarta-feira (21) entre as operadoras, representantes do setor de saúde e a ANS.

A ANS deverá publicar a resolução no Diário Oficial nos próximos meses para validar a inclusão. Após a publicação, as operadoras de saúde terão 90 dias para se adequar às mudanças. A previsão é de que a cobertura das operadoras já tenha sido ampliada até julho de 2008.

Sem reajuste nos planos, garante ANS

Segundo o diretor-presidente da ANS, Fausto Pereira dos Santos, as operadoras de saúde não estão autorizadas a fazer reajustes nas tarifas em função da inclusão desses procedimentos.

“A publicação da resolução não virá acompanhada de reajustes. Caso haja grande procura, no momento do reajuste anual previsto pelo Ministério da Saúde, as operadoras poderão pleitear aumento. Mas, como não consideramos que haja demanda reprimida por esses procedimentos, acreditamos que esses reajustes não serão necessários”, explica Fausto.

Outras inclusões

A idéia de incluir métodos contraceptivos no rol de procedimentos médicos decorreu de uma consulta pública realizada durante os meses de julho e agosto no site da ANS. Ao longo desse período, os internautas puderam sugerir procedimentos e serviços médicos a serem oferecidos pelos planos básicos das operadoras de saúde.

O aumento do número de procedimentos do rol está sendo negociado com entidades do setor de saúde há um ano e engloba, além dos procedimentos contraceptivos, outros serviços médicos como tratamentos psicoterápicos, nutricionais e fonoaudiológicos.

No entanto, será estabelecido um teto para o número de consultas com profissionais dessas áreas. No caso da psicoterapia, por exemplo, o beneficiário do plano terá direito a 12 consultas anuais.

Restrições para laqueadura e vasectomia

Só poderão passar pelas cirurgias homens e mulheres maiores de 25 anos que tenham dois filhos vivos.

A inclusão dos procedimentos não valerá para beneficiários com contratos assinados antes de 1º de janeiro de 1999, já que foi somente a partir deste ano que a ANS passou a definir uma lista de procedimentos médicos a serem seguidas por todas as operadoras.

A reversão da vasectomia ou da laqueadura só será coberta pelo plano de saúde nos casos em que o procedimento tiver trazido problemas de saúde ao paciente. Homens e mulheres arrependidos, portanto, não poderão fazer a reversão com cobertura do plano.

SUS oferece procedimentos desde 96

Desde 1996 é possível realizar laqueadura de trompas e vasectomia através da rede do Sistema Único de Saúde.

Até 2006 foram realizadas pelo SUS 72.166 vasectomias e 213.115 laqueaduras. O Ministério da Saúde atribui a baixa demanda ao preconceito, já que, no caso da vasectomia, os homens costumam associar a realização do procedimento à impotência sexual.

Para estimular a procura por esses métodos contraceptivos o governo aprovou em maio deste ano a lei de Planejamento Familiar. A lei determinou que vasectomias podem ser realizadas sem necessidade de internação e afastamento pós-operatório e aumentou de R$ 20,00 para R$ 108,00 o valor unitário pago pelo SUS aos hospitais que fazem a cirurgia de esterilização. Com essas medidas, até agosto, o número de vasectomias cresceu em 86%

Fonte: G1

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Empresárias atribuem sucesso à gravidez

A gravidez inspira mulheres a criar seu próprio negócio e as torna mais capazes para obter sucesso na empreitada, de acordo com estudo realizado pela empresa internacional Yell.com.

A pesquisa, intitulada ‘Mães Magnatas’, observou que 40% das mães que criaram seu próprio negócio tiveram a idéia quando estavam grávidas ou dentro de um ano após o nascimento do bebê.

Além disso, 92% das empresárias com filhos atribuem o sucesso nos negócios a uma série de habilidades que desenvolvem durante a experiência da materinade.

Entre essass habilidades estão a capacidade de realizar diversas tarefas ao mesmo tempo, planejamento de atividades futuras e eficiência.

O psicólogo Geoffrey Beattie, que analisou os dados da pesquisa, disse que “a gravidez tem um grande efeito sobre o corpo e o cérebro, ela pode elevar o humor por longos períodos".

"Quando as pessoas estão em estado de espírito elevado, elas estão preparadas para considerar situações de risco de iniciativas como abrir um negócio. Isso pode levar à transformação de uma idéia inicial a uma ação”, disse.

Internet

O estudo constatou que, depois de iniciar os negócios, as mães-empresárias desenvolvem até 18 funções diferentes, que vão desde cozinhar até realizar a contabilidade das empresas.

As mulheres estimaram que teriam que pagar um salário anual de 50 mil libras (aproximadamente R$ 200 mil) para que outra pessoa realizasse as tarefas que elas executam.

A pesquisa também analisou a importância da internet para o setor. Para metade das entrevistadas, sem a liberdade e a flexibilidade que a internet permite, não seria possível trabalhar.

O chefe de marketing da Yell.com, Helen Stevenson, acredita que “é particularmente interessante ver o quanto a internet está ajudando as mães a desenvolver suas aspirações e criar empresas”.

Fonte: BBC News

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Tricia Cavalcante: Doula na Tradição, formada pela ONG Cais do Parto, mãe de três, e doula pós-parto.Moro em Fortaleza-CE.


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