Comer chocolate pode diminuir o risco de pré-eclâmpsia
escrito por: Tricia em sábado, maio 31, 2008 às 2:56 PM.
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Autora: Laurie Barclay
Publicado em 02/05/2008
Os resultados de um estudo prospectivo de coorte publicado no volume de maio
do Epidemiology sugerem que o consumo de chocolate durante a gestação pode
diminuir o risco de pré-eclâmpsia.
Dra. Elizabeth W. Triche, PhD, do Yale Center for Perinatal, Pediatric and
Environmental Epidemiology, em New Haven, Connecticut, e colaboradores
explicaram que a pré-eclâmpsia é uma grave complicação gestacional com
manifestações cardiovasculares. Os autores lembram que estudos recentes
sugerem que o consumo de chocolate pode ser benéfico para a saúde
cardiovascular.
A amostra do estudo consistiu em 2.291 pacientes grávidas que pariram um
nascido vivo entre setembro de 1996 e janeiro de 2000. Os pesquisadores
mediram o consumo de chocolate por auto-relato no primeiro e terceiro
trimestres da gestação e pela concentração sérica de teobromina no cordão
umbilical, que é a principal metilxantina presente no chocolate. Uma revisão
detalhada dos dados de 1.943 pacientes determinou o diagnóstico de
pré-eclâmpsia. Modelos de controle por regressão logística para potenciais
confundidores foram usados para determinar os odds ratios ajustados (OR) e
intervalo de confiança de 95% (IC).
De 1.681 mulheres, 63 (3,7%) desenvolveram pré-eclâmpsia. As concentrações
de teobromina no cordão umbilical são inversamente associadas à
pré-eclâmpsia (para o quartil mais altos versus o quartil mais baixo [OR,
0,31; IC 0,11-0,87]).
As estimativas de consumo de chocolate auto-relatadas, também, foram
negativamente associadas à pré-eclâmpsia. O risco de desenvolvimento dessa
condição diminuiu em mulheres que consumiam cinco ou mais porções por semana
versus mulheres que consumiam menos de uma vez na semana (OR, 0,81; IC
0,37-1,79 para consumo nos primeiros três meses de gestação e OR 0,60; IC
0,30-1,24 nos últimos três meses).
“Nossos resultados sugerem que o consumo do chocolate durante a gestação
pode reduzir o risco de pré-eclâmpsia”, declaram os autores. “Contudo, uma
relação inversa de causalidade também pode contribuir para estes achados”.
As limitações para este estudo incluem: dificuldades de padronizar o
autoconsumo de chocolate, possível causalidade reversa se mulheres
diagnosticadas com pré-eclâmpsia reduzirem sua ingestão calórica após o
diagnóstico, possível confundidor individual devido ao tabagismo ou índice
de massa corporal, pequeno número de mulheres com pré-eclâmpsia ou erro de
classificação da exposição.
“Devido à importância da pré-eclâmpsia como uma complicação grave da
gestação, são necessários outros trabalhos prospectivos com detalhes sobre o
consumo de chocolate”, afirmam os autores do estudo. As medidas da exposição
ao chocolate devem ser desenhadas para permitir um exame cuidadoso da
relação temporal entre o consumo de chocolate na gestação e o subseqüente
risco de pré-eclâmpsia.
Epidemiology. 2008;19:459-464.
Fonte: MEDCenter
Publicado em 02/05/2008
Os resultados de um estudo prospectivo de coorte publicado no volume de maio
do Epidemiology sugerem que o consumo de chocolate durante a gestação pode
diminuir o risco de pré-eclâmpsia.
Dra. Elizabeth W. Triche, PhD, do Yale Center for Perinatal, Pediatric and
Environmental Epidemiology, em New Haven, Connecticut, e colaboradores
explicaram que a pré-eclâmpsia é uma grave complicação gestacional com
manifestações cardiovasculares. Os autores lembram que estudos recentes
sugerem que o consumo de chocolate pode ser benéfico para a saúde
cardiovascular.
A amostra do estudo consistiu em 2.291 pacientes grávidas que pariram um
nascido vivo entre setembro de 1996 e janeiro de 2000. Os pesquisadores
mediram o consumo de chocolate por auto-relato no primeiro e terceiro
trimestres da gestação e pela concentração sérica de teobromina no cordão
umbilical, que é a principal metilxantina presente no chocolate. Uma revisão
detalhada dos dados de 1.943 pacientes determinou o diagnóstico de
pré-eclâmpsia. Modelos de controle por regressão logística para potenciais
confundidores foram usados para determinar os odds ratios ajustados (OR) e
intervalo de confiança de 95% (IC).
De 1.681 mulheres, 63 (3,7%) desenvolveram pré-eclâmpsia. As concentrações
de teobromina no cordão umbilical são inversamente associadas à
pré-eclâmpsia (para o quartil mais altos versus o quartil mais baixo [OR,
0,31; IC 0,11-0,87]).
As estimativas de consumo de chocolate auto-relatadas, também, foram
negativamente associadas à pré-eclâmpsia. O risco de desenvolvimento dessa
condição diminuiu em mulheres que consumiam cinco ou mais porções por semana
versus mulheres que consumiam menos de uma vez na semana (OR, 0,81; IC
0,37-1,79 para consumo nos primeiros três meses de gestação e OR 0,60; IC
0,30-1,24 nos últimos três meses).
“Nossos resultados sugerem que o consumo do chocolate durante a gestação
pode reduzir o risco de pré-eclâmpsia”, declaram os autores. “Contudo, uma
relação inversa de causalidade também pode contribuir para estes achados”.
As limitações para este estudo incluem: dificuldades de padronizar o
autoconsumo de chocolate, possível causalidade reversa se mulheres
diagnosticadas com pré-eclâmpsia reduzirem sua ingestão calórica após o
diagnóstico, possível confundidor individual devido ao tabagismo ou índice
de massa corporal, pequeno número de mulheres com pré-eclâmpsia ou erro de
classificação da exposição.
“Devido à importância da pré-eclâmpsia como uma complicação grave da
gestação, são necessários outros trabalhos prospectivos com detalhes sobre o
consumo de chocolate”, afirmam os autores do estudo. As medidas da exposição
ao chocolate devem ser desenhadas para permitir um exame cuidadoso da
relação temporal entre o consumo de chocolate na gestação e o subseqüente
risco de pré-eclâmpsia.
Epidemiology. 2008;19:459-464.
Fonte: MEDCenter
Marcadores: cesárea, complicações, eclampsia, pre-eclampsia
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