Relatório culpa aborto inseguro por 70.000 mortes a cada ano
escrito por: Tricia em terça-feira, novembro 07, 2006 às 5:01 PM.
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06 de novembro de 2006 - 17:39
Cerca de 46 milhões de abortos são realizados a cada ano; a Organização Mundial da Saúde estima que cerca de 20 milhões ocorrem em condições inseguras
AP
KUALA LUMPUR - Mulheres de todo o mundo precisam de serviços de saúde melhores, incluindo anticoncepcionais e abortos seguros, para evitar mais de 500.000 mortes relacionadas à gravidez que ocorrem a cada ano, afirmam especialistas em saúde.
A mortalidade materna atinge principalmente as populações pobres da África, Ásia, América Latina e Oriente Médio, mas estudos mostram que quase três quartos dessas mortes poderiam ser evitados, de acordo com a Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia, organização baseada em Londres que emite relatórios a cada três anos.
"O desempenho global na tarefa de evitar essas mortes é um desastre", disse Dorothy Shaw, presidente eleita da federação, durante uma conferência de 8.000 especialistas em saúde materna, de 130 países. "Uma mulher morre a cada minuto em alguma parte do mundo, de causas ligadas à gravidez ou parto, a maioria nos países em desenvolvimento", disse Shaw.
A causa mais comum da morte materna é sangramento excessivo após o parto. Acredita-se que isso ocorra em 20% dos nascimentos, mas o fenômeno mata principalmente mulheres pobres e desnutridas, que não têm como pagar hospitais bem equipados, afirma o relatório da organização.
Outra importante causa de morte é o aborto inseguro, que mata cerca de 70.000 mulheres a cada ano e fere diversas outras, freqüentemente por conta de hemorragias, infecções e ingestão de substâncias tóxicas.
Cerca de 46 milhões de abortos são realizados a cada ano, mas a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que cerca de 20 milhões ocorram em condições inseguras. Há cerca de 70 países onde o aborto é ilegal, ou permitido apenas para salvar a vida da mulher.
O relatório da federação pede que se reduza o número de gestações indesejadas, melhorando o acesso à contracepção.
FONTE: Estadão
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