Aos 44 anos, Maria tem seu 16º filho
escrito por: Tricia em quinta-feira, maio 10, 2007 às 4:48 PM.
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Aos 44 anos, mulher já teve quatro partos em casa; ‘é um atrás do outro’
Cristiano Zanardi/Agência BOM DIA
Maria Aparecida com uma das gêmeas, Marina, no quarto da maternidade ontem
Na hora de responder qual a idade dos filhos, a situação complica. Ela arrisca: 23, 20, 21, 22, 18, 19, 12, 10, 11, 6, 7 e 1 ano e 9 meses. Ah, tem as gêmeas de quatro anos. E mais duas, também gêmeas, nascidas anteontem à noite.
Moradora no Jardim Eldorado, a supermãe Maria Aparecida da Silva, 44 anos, aumentou a lista para 16 filhos na Maternidade Santa Isabel. Os 14 partos foram normais, dois deles das gêmeas. Todos os filhos estão vivos e sete ainda moram com ela e seu segundo marido. “Três vivem sozinhos em uma casa que o pai que morreu deixou. Outros quatro são casados”, diz Maria Aparecida. Os casados, aliás, já lhe deram seis netos.
A dona-de-casa conta que teve quatro filhos em casa. “Em uma das gestações eu fui ao banheiro e o bebê nasceu”. Pode parecer brincadeira, mas antes de engravidar pela primeira vez, aos 19 anos, um médico lhe disse que teria que fazer tratamento para ter filhos, mas isso não foi preciso. “Foi um atrás do outro. Por um tempo tomava remédio, mas eu esquecia alguns dias e engravidava de novo.”
Prematuros
Maria Aparecida considerou o último parto, de anteontem, o mais difícil. “Estava acostumada a chegar no hospital e o bebê já nascer, mas demorou mais.”
A gerente administrativa da maternidade, Ana Maria dos Santos Pinho, 39, afirma que o parto foi prematuro, com 37 semanas, e que uma das gêmeas, Vitória, estava sentada. “Demorou a sair.”
“A Vitória teve uma pequena falta de oxigênio e foi para UTI [Unidade de Terapia Intensiva], mas está bem e respirando sem ajuda de parelhos”, diz.
Maria Aparecida terá alta hoje, pela manhã, mas as gêmeas ficarão internadas por mais uma semana para que atinjam o peso de, ao menos, 2,200 kg. Em tempo: Marina nasceu com 1,905 kg e Vitória, com 1,910 kg.
Laqueadura é cancelada por ausência
Mesmo admitindo que não foi fácil criar todos esses filhos e que continua sendo sacrificado, Maria Aparecida diz que não quer fazer laqueadura (procedimento cirúrgico para evitar filhos).
“Eu tenho medo. Prefiro que meu marido opere”, diz Maria Aparecida.
O médico diretor clínico e do serviço de planejamento familiar da Maternidade Santa Isabel, Sérgio Antônio, afirma que Maria Aparecida é uma das atendidas pelo programa e que sua operação já chegou a ser agendada anteriormente.
“Infelizmente ela não compareceu e não podemos obrigar ninguém a fazer isso. Precisamos da plena aceitação da paciente”, diz Antônio.
Segundo ele, o programa de Planejamento Familiar já atendeu mais de mil pacientes desde 2002. Objetivo central: evitar a gravidez indesejada e diminuir o registro de abortos clandestinos.
Doações
Maria Aparecida está com hepatite B, que descobriu no final da gestação. Por isso, não poderá amamentar os bebês. “Vai ser difícil comprar leite, roupas, fraldas para duas”, diz. Os interessados em fazer doações podem ir à própria maternidade ou na casa da família: rua Antonio Bispo de Souza, 1-14, Jardim Eldorado.
Bom Dia Bauru
Cristiano Zanardi/Agência BOM DIA
Maria Aparecida com uma das gêmeas, Marina, no quarto da maternidade ontem
Na hora de responder qual a idade dos filhos, a situação complica. Ela arrisca: 23, 20, 21, 22, 18, 19, 12, 10, 11, 6, 7 e 1 ano e 9 meses. Ah, tem as gêmeas de quatro anos. E mais duas, também gêmeas, nascidas anteontem à noite.
Moradora no Jardim Eldorado, a supermãe Maria Aparecida da Silva, 44 anos, aumentou a lista para 16 filhos na Maternidade Santa Isabel. Os 14 partos foram normais, dois deles das gêmeas. Todos os filhos estão vivos e sete ainda moram com ela e seu segundo marido. “Três vivem sozinhos em uma casa que o pai que morreu deixou. Outros quatro são casados”, diz Maria Aparecida. Os casados, aliás, já lhe deram seis netos.
A dona-de-casa conta que teve quatro filhos em casa. “Em uma das gestações eu fui ao banheiro e o bebê nasceu”. Pode parecer brincadeira, mas antes de engravidar pela primeira vez, aos 19 anos, um médico lhe disse que teria que fazer tratamento para ter filhos, mas isso não foi preciso. “Foi um atrás do outro. Por um tempo tomava remédio, mas eu esquecia alguns dias e engravidava de novo.”
Prematuros
Maria Aparecida considerou o último parto, de anteontem, o mais difícil. “Estava acostumada a chegar no hospital e o bebê já nascer, mas demorou mais.”
A gerente administrativa da maternidade, Ana Maria dos Santos Pinho, 39, afirma que o parto foi prematuro, com 37 semanas, e que uma das gêmeas, Vitória, estava sentada. “Demorou a sair.”
“A Vitória teve uma pequena falta de oxigênio e foi para UTI [Unidade de Terapia Intensiva], mas está bem e respirando sem ajuda de parelhos”, diz.
Maria Aparecida terá alta hoje, pela manhã, mas as gêmeas ficarão internadas por mais uma semana para que atinjam o peso de, ao menos, 2,200 kg. Em tempo: Marina nasceu com 1,905 kg e Vitória, com 1,910 kg.
Laqueadura é cancelada por ausência
Mesmo admitindo que não foi fácil criar todos esses filhos e que continua sendo sacrificado, Maria Aparecida diz que não quer fazer laqueadura (procedimento cirúrgico para evitar filhos).
“Eu tenho medo. Prefiro que meu marido opere”, diz Maria Aparecida.
O médico diretor clínico e do serviço de planejamento familiar da Maternidade Santa Isabel, Sérgio Antônio, afirma que Maria Aparecida é uma das atendidas pelo programa e que sua operação já chegou a ser agendada anteriormente.
“Infelizmente ela não compareceu e não podemos obrigar ninguém a fazer isso. Precisamos da plena aceitação da paciente”, diz Antônio.
Segundo ele, o programa de Planejamento Familiar já atendeu mais de mil pacientes desde 2002. Objetivo central: evitar a gravidez indesejada e diminuir o registro de abortos clandestinos.
Doações
Maria Aparecida está com hepatite B, que descobriu no final da gestação. Por isso, não poderá amamentar os bebês. “Vai ser difícil comprar leite, roupas, fraldas para duas”, diz. Os interessados em fazer doações podem ir à própria maternidade ou na casa da família: rua Antonio Bispo de Souza, 1-14, Jardim Eldorado.
Bom Dia Bauru
Marcadores: parto
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